De olho na Copa de 2014, Fórum traça o perfil da região, em São José

Representante do Comitê Paulista e jornalista Carlos Sardenberg foram os destaques.

São José dos Campos recebeu nesta quarta-feira (25) um encontro com empresários e especialistas do setor econômico. Um dos assuntos debatidos foi a viabilidade da região receber seleções durante a Copa do Mundo de 2014 e também os caminhos do desenvolvimento que devem ser percorridos pelas cidades. 

Credito: Márcio Rodrigues / VNews
Mesa de debate durante o Fórum Regional Empresarial


Uma das representantes do Comitê de São Paulo para a Copa, Andrea Ferrazoli, foi uma das palestrantes. Ela mostrou todo o método de pesquisa que usou para fazer o Guia das Cidades-Base, que contém uma análise de mais de 60 municípios paulistas que se candidatam para receber as seleções. 

Nessa disputa estão quatro cidades do Vale do Paraíba (Campos do Jordão, Caraguatatuba, Guaratinguetá e São José dos Campos) e duas da Região Bragantina (Atibaia e Bragança Paulista). Andrea preferiu não destacar nenhuma delas. 

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A representante do Comitê paulista, Andrea Ferrazoli
“Cada cidade tem o seu próprio DNA, cada uma vai saber trabalhar com seus comitês locais ou o que mais lhes interessa - as suas características, tanto roteiros quanto serviços. Depende das autoridades municipais, do empresariado local e que eles trabalhem em conjunto para desenvolver essa cidade para chegar uma seleção aqui, gostar e ficar”. 

Ferrazoli enalteceu os pontos fortes da região, como por exemplo, as rodovias e aeroportos regionais. “É uma região turística muito bonita, muito boa. Eu acho que a proximidade do litoral também é um dos pontos muito bons”. 

Andrea disse ainda que o Comitê da Fifa deve visitar as cidades da região até o final de agosto, mas ainda não há prazo para a escolha final dos municípios que entrarão nos catálogos que serão disponibilizados para as seleções que forem disputar o Mundial. 

Preparação joseense 

Presente no evento, o secretário de esportes de São José dos Campos, Sérgio Theodoro, reforçou a importância da cidade na briga para sediar um Centro de Treinamento e já adiantou quais são as medidas que a administração está tomando para estar pronta e receber uma seleção. “O nosso comitê joseense vem fazendo reuniões sistemáticas. Existem ações, estamos tentando trazer para cá um novo empreendedor do ramo hoteleiro, de uma categoria de luxo, para que a gente possa ter uma cadeia hoteleira mais adequada para receber a delegação e os turistas que nela virão”. 

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Felipe Cury, presidente da ACI (à esquerda) e o secretário de esportes, Sérgio Theodoro


O secretário ainda informou que, em conjunto com o Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sinhores), a Associação Comercial e Industrial (ACI) da cidade e outras entidades, a prefeitura já trabalha para oferecer cursos de capacitação na rede de comércio e serviços. “A gente percebe a precariedade do setor de serviços na cidade. Nós precisamos usar o evento Copa do Mundo como pano de fundo para resolver essas questões. Esse é um legado positivo que vai ficar para a cidade”, reiterou. 

Momento econômico 

Quem também participou do evento foi o jornalista Carlos Augusto Sardenberg, comentarista de economia da TV Globo e âncora da Rádio CBN. Sua palestra traçou o panorama econômico atual. Ele falou sobre o grande investimento que o país vem recebendo ultimamente do exterior, principalmente dos países asiáticos. “O investimento chegou a um ritmo de quase US$ 70 bilhões ao ano, porque nossa economia está melhorando e tudo isso é reflexo desse bom momento que o país está vivendo economicamente”. 

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Jornalista Carlos Sardenberg durante palestra
Em nossa região, Sardenberg falou sobre o papel econômico que a Embraer desempenha no mercado. “A Embraer é uma coisa rara na economia brasileira, porque é uma empresa de alta tecnologia em um mercado difícil, em um mercado de ponta e ela consegue competir no mundo todo em condições difíceis, porque ela carrega o custo-Brasil. É uma empresa crucial não só para a região, mas para o Brasil”. 

Já sobre o Trem de Alta Velocidade, o jornalista é reticente e acredita que será difícil o projeto ser finalizado, devido aos problemas de engenharia e capital. “As empreiteiras falam que existem erros no traçado. A última coisa que eu li é que o trem é importante, que a maior parte do movimento do trem seria Campinas, São Paulo, São José. A parte menos importante seria para o Rio de Janeiro. Mas, eles querem fazer o trem, mas imagina, fazer o trem e não passar pelo Rio de Janeiro? Então, acho difícil”.


Fonte : vnews.com.br

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