A importância da diversidade X, Y e Z


Gerações e gerações vivem se encontrando no mundo e, desde que o mundo é mundo, falamos que pais e filhos não se entendem e que isso é extremamente problemático.
Minha visão é exatamente contrária a essa. Creio que o conflito de gerações faz as pessoas evoluírem. ??O assunto “gerações” está em voga por conta dos conceitos de X, Y e Z. Sendo X e Y aqueles que nasceram do meio para o fim da década de 70 e Z aqueles que nasceram em meados da década de 80.
Hoje, a velocidade com que as informações são geradas e transmitidas é enorme e elas são absorvidas por um número de pessoas inúmeras vezes maior do que aquele de 10 anos atrás – o que quer dizer menos tempo do que a entrada de uma nova geração.
Creio que nenhum de nós – geração X,Y ou Z, consegue absorver e assimilar tantas novas informações. Mal temos tempo de ver uma novidade e outras já acontecem. Paradigmas são quebrados diariamente. ??E como evoluir com essa profusão e confusão de idéias? Com os opostos. Com a vontade das novas gerações em desafiar os velhos conceitos, com a experiência dos mais seniores, com a diversidade da mulher, com os desafios que acontecem no nosso dia-a-dia.
Nas organizações, esses conflitos não são diferentes e, às vezes, são até mais duros. É aí que reside a questão do atual debate sobre como reunir os talentos de diferentes gerações, fazendo com que eles gerem valor para a empresa.
Àquelas empresas que se sobressaem no mercado, se destacam em seus segmentos e criam uma atratividade aos potenciais talentos, só existe uma fórmula: equipes de alta perfomance!

Não, não estou falando de atletas e sim de profissionais que têm desempenho acima da média 80% e fazem com que essas empresas sejam realmente superiores. E, neste time, vamos encontrar essa diversidade de talentos e gerações.??Empresas recentes, de mercados totalmente novos, ou empresas antigas, de mercados já estabelecidos, são compostas por pessoas de gerações diferentes ocupando os mesmos níveis hierárquicos. Exemplos? Facebook, Twitter, Apple, Microsoft, Braskem, BTG Pactual, Africa, Amil, Odebrechet, Petrobras, Grupo EBX.
Todas estas empresas, de diferentes setores, atuam de forma reconhecida no mercado e convivem com diferentes gerações. O empreendedor e/ou dirigente de valor, aquele que vê além, sabe bem como “explorar” esses conflitos e fazer deles o principal motor de mudança e inovação da empresa.
Marck Zuckerberg não construiu o valor estimado hoje do Facebook (US$ 50 bilhões) só com os amigos da faculdade. É preciso ver o quadro de executivos da alta direção. Eike Batista levou para as suas empresas, além dos brilhantes jovens, seu pai, Eliezer Batista, e o ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães, falecido recentemente, como conselheiros.
Está à frente da Odebrechet, um dos maiores grupos privados do país, o jovem Marcelo Odebrechet. Certamente não pelo sobrenome, pois alguns grupos familiares têm processo de seleção mais rigoroso do que muitas multinacionais.
O BTG Pactual, talvez o mais clássico desses exemplos, conseguiu, com uma equipe bem diversificada, ser dos principais bancos de negócio do mundo, pois não escolhe seus profissionais pela idade e sim por terem um brilho nos olhos. Isso se traduz em alta perfomance.
É tempo de aproveitarmos as diferenças e, ao invés de enxergar no conflito algo que possa desconstruir, enxergarmos nele um motivador, que pode fazer uma empresa, a economia e até mesmo um país se transformar.
Às novas gerações cabe o papel de contestar, inovar, mostrar o diferente, enxergar pela pirâmide de cristal, pensar invertido, e às atuais gerações, a capacidade de dar forma e conteúdo a tudo isso. ??Não vamos cair na armadilha de que somos geração Y, e sabemos fazer melhor que os demais. Pois amanhã, segundo esta teoria, já seremos obsoletos.
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André Martins é presidente da VB Serviços, empresa do setor de distribuição de Vale-Transporte, e do JLIDE – jovens lideres empresariais.

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