Você entregaria seu dinheiro a ele?

Por que alguns fundos de investimentos postam em máquinas na busca por resultados mais consistentes


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Se é verdade que as emoções são as maiores inimigas do investidor, está aí uma solução: entregar a gestão do seu dinheiro para os robôs. Não está preparado para um passo tão ousado, ainda? Ninguém está. Mas já há gente caminhando nessa direção. Autômatos são a metáfora preferida dos gestores de fundos quantitativos, em que boa parte das operações de compra e venda de ativos é realizada por máquinas. Ainda pouco popular no Brasil, esse método de investimento é utilizado pela AHL, braço robótico do Man Group, um dos maiores gestores de hedge funds do mundo. Seu primeiro produto no país, que estreou há pouco mais de um ano, é o fundo Man AHL Alpha FIM. Ele negocia commodities, câmbio, CDI, títulos públicos e ações em 36 bolsas. O resultado não decepcionou: captou R$ 85 milhões no primeiro ano e rendeu 72% acima do CDI – o que o coloca entre os melhores fundos de sua categoria no país.
“Não tentamos antecipar os movimentos do mercado. Nossos modelos tentam identificá-los, avaliar quão fortes são e quanto de exposição a eles é ideal”, afirma Tim Wong, CEO da AHL. “Por isso, sempre entraremos no mercado um pouco depois do início de uma tendência e sairemos um pouquinho depois de seu encerramento.” Não é uma receita para ganhar sempre mais que a concorrência. Mas, em tese, permite surfar todas as ondas e trazer consistência nos ganhos. Com o trunfo adicional de que máquinas nunca entram em pânico – o que, em situações extremas, pode ser um problema. “Eventos gigantescos, como o 11 de setembro, estão muito fora da curva para estar previstos em modelos matemáticos”, diz Wong. “Nesses casos, o ser humano tem de intervir para diminuir o risco.”
Finanças.com

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