Logística: O que faz a diferença

Com novos equipamentos, empresas buscam maior eficiência e rentabilidade para satisfazer e manter seus clientes.

No que depende da iniciativa privada o transporte de cargas está evoluindo a passos largos, agora voltado para a evolução dos equipamentos. Não fosse a infraestrutura precária e depauperada, os resultados poderiam ser bem melhores, sem falar da segurança operacional. Os dois modais de maior destaque no país têm boas histórias para contar sobre esse novo caminho rumo ao aumento de eficiência dos serviços de transferência entre o interior e os portos.

Depois de uma longa hibernação, na qual a maioria dos fabricantes de implementos tomou a cômoda decisão de produzir implementos super-reforçados como meio de não desapontar o pessoal da sobrecarga, a profissionalização do segmento de transporte de carga está obrigando estes reticentes a rever os projetos e materiais utilizados nos pesados cofres de carga para oferecer ao mercado produtos mais leves, proporcionalmente à carga líquida transportada.

Na Europa essa tendência surgiu há cerca de 8 anos, com gestões constantes de associações, implementadores e transportadores na busca de ganhos significativos nas transferências entre países do Mercado Comum Europeu. Daí surgiram os megatraileres, Euromax e outros conceitos de composições, que lembram nossos bitrens e rodotrens.

Até mesmo as associações pleitearam um aumento da altura máxima de baús, para que fosse possível acomodar mais um andar de paletes padrão nas composições rodoviárias. 

O conceito é simples, prático, econômico e ecológico: mais carga por unidade de potência, ou seja, um motor para puxar uma quantidade de carga maior, redundando em menor custo por volume transportado. A reboque disso, o peso da proteção do meio ambiente, pois trata-se do mesmo tropel para muito mais carga e menores emissões por quilo e metro cúbico.

Interessante, é exatamente o inverso que acontece na cidade de São Paulo, onde cada caminhão médio é substituído por três ou quatro VUCs para diminuir o trânsito, mas ao mesmo tempo se produz o desastre ecológico de multiplicar por até quatro o número de motores em funcionamento.

Quem dá um bom exemplo dessa evolução é Sérgio Gomes, diretor de Planejamento Estratégico da Volvo do Brasil. "Os veículos de carga têm saltado de patamar de capacidade de tempos em tempos, hoje com a utilização maciça de caminhões pesados e a potência dos motores é possível usar implementos cada vez mais adequados a cada atividade e mais eficientes", declara.

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