Aceitar e a solucao por tras de todos os problemas

Qual efetivamente é o problema de alguém que não consegue atingir os seus objetivos por mais que trabalhe todos os dias mais e mais?
Qual efetivamente é o problema de alguém que não consegue ter uma vida amorosa equilibrada por mais que busque ser o mais amoroso possível? Qual é o problema por trás dos problemas que convivemos hoje em dia na nossa sociedade? Ainda existem mulheres sendo estupradas, crianças sendo abandonadas, pessoas passando fome e gente, como a gente aqui no Brasil, muito rica, desperdiçando suas oportunidades em troca de um pequeno glamour nas redes sociais. Que parte de nós se pune e não deixa progredir a sociedade? Qual é o problema por trás do problema? Qual a solução para as guerras e para todos os demais conflitos que ainda temos na humanidade atual?


CONFLITOS SUPERFICIAIS E A FELICIDADE
Cada um de nós quer ser feliz. Seja negro, branco, mulato, japonês, mulher, homem, criança, idoso ou bebê. Todos nós queremos e buscamos a felicidade. Entretanto, somos superficiais. Fazemos guerra entre nossas raças, entre nossos sexos, entre nossas próprias idades. Apontamos coisas erradas no mundo, nos esquecendo que não conseguimos resolver sequer aquilo que acontece na nossa “vidinha”, mas discutimos o que acontece na vida alheia. Brigamos, lutamos, nos emocionamos e vamos em frente da maneira como der, para conquistar a nossa felicidade. Nossa felicidade superficial.

Fazemos tudo isso porque evitamos descer até as profundezas do nosso ser para pesquisar o problema por trás dos nossos problemas que faz com que tenhamos mais conflitos que momentos felizes, apesar de buscarmos por eles a todo momento. Por quê fazemos isso? Não sei ao certo, mas presumo que seja o barulho do mundo que faz com que nosso mundo interior seja tão barulhento ao ponto de não conseguirmos mais nos ouvir. Ou o contrário. Que seja o barulho das nossas cabeças que faz com que o nosso mundo exterior seja tão barulhento ao ponto de não nos deixar mais sermos ouvidos.

O importante é notarmos que isso existe, ou seja, que existe este barulho, que existe este conflito e que ambos estão nos afastando da nossa meta maior de felicidade. Não seria tão melhor se os países em guerra extraditassem prisioneiros de guerra de outros países para os seus lares perdoando todos os males infringidos por eles aos seus? Não seria melhor que déssemos de comer a todos os que passassem fome à nossa volta sem nos preocupar com o que iremos comer amanhã? Não seria melhor se entregássemos um pouco do nosso tempo aquele “maluco” que parou para conversar conosco no ônibus sobre a sua própria vida sem dar a mínima para os nossos compromissos pessoais? Seria, mas isto não é coerente com a realidade porque para conseguirmos tamanho avanço seria necessário que todo os seres humanos estivessem no mesmo nível de evolução pessoal ao mesmo tempo de uma hora para outra nosso planeta e, como o nosso planeta já foi assolado pela nossa incompetência de nos aceitar, fica inviável de uma hora para outra exigir que o negro de uma tribo no interior da África tivesse a mesma postura diante da vida que nós, dos países ricos.
Mas há uma chance de revolucionar o mundo…
ACEITAR É AMAR
Se nós, no auge das nossas riquezas materiais, do conforto das nossas casas, declarássemos para de hoje em diante aceitar e praticássemos este verbo a todo instante todos os dias, resolveríamos conflitos internos e externos da nossa humilde “vidinha”. Esta prática faria com que não mais reclamássemos (mesmo que em pensamento) das pessoas que gritam com a gente ou que fazem coisas que não julgamos tão corretas. Isto resolveria também o conflito que carregamos dentro de nós a respeito do nosso passado porque aceitaríamos tudo aquilo que passamos apenas como fatos que já passaram e onde fizemos o que julgávamos melhor. E além disso, solucionaria o conflito constante entre nossos pensamentos e emoções que punem um ao outro causando uma guerra constante dentro das nossas almas.

A libertação vem da aceitação. Aceitar o “amigo” e o “inimigo” como pessoas apenas. Como irmãos seres humanos que fazem aquilo que julgam melhor a todo o momento. Aceitar as nossas limitações como tarefas a serem concluídas com esforço, disciplina e trabalho, mas sem guerra, sem dor e sem frustração. Aceitar a vida sem expectativas. Aceitá-la da forma que ela é, contornando os obstáculos impostos pela nossa própria mente, aceitando-os como realidade necessária para o nosso crescimento.
Eu amo as pessoas e as pessoas me amam. De alguma forma eu possa ter, durante a minha vida, pensado o oposto, mas a verdade é que sempre somos amados da melhor forma que o mundo tem para nos amar. E se queremos ser amados mais e mais a cada dia, no fundo o que precisamos é aceitar e amar cada vez mais a cada um que tem contato conosco.
Um cliente “chato” é um cliente que ainda não se deu a oportunidade de ser amado. Logo, vamos amá-lo.Uma namorada ciumenta é alguém que ainda não se deu conta de que ele está segura e que o mundo a ama.Um pai duro é um homem que ainda não se deu conta de que ele é um ser emocional e que, como tal, deve permitir que suas emoções fluam como num riacho.

Nos aceitemos como somos hoje. Aceitemos nosso passado como algo imutável e que já ficou para trás. Aceitemos nossos vizinhos, nossas famílias e sempre estejamos prontos para pedir e dar ajuda. Aceitemos o planeta como é e, ao invés de brigar para mudar o mundo, mudemos apenas a nossa “vidinha”, pois ela é um dos alicerces da vida de todo o mundo.
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há.” ~ Renato Russo

Fonte : http://www.insistimento.com.br/