A volta dos veleiros para transporte de carga


O transporte de cargas pelo mar é um dos mais eficientes.
Mesmo assim, o óleo combustível queimado pelos motores dos grandes navios de carga que cortam o oceano liberam gases responsáveis pelas mudanças climáticas. Estima-se que 3% a 4% das emissões globais saiam das chaminés dos navios. Uma possível solução é voltar a aproveitar melhor a energia dos ventos.
B9Ships_000Só é bom deixar claro que boa parte do alarde em torno do combustível gasto no transporte de carga pelo mundo tem um fundo protecionista. Como o conceito de food miles, segundo o qual os consumidores europeus ou americanos devem preferir produtos locais, que não queimaram combustíveis para vir de lugares distantes, como a Ásia ou o Brasil. Quando a emissão do transporte de carga, feito em navios eficientes, é comparada com a emissão das práticas agrícolas (cheias de fertilizantes baseados em petróleo ou estufas climatizadas) dos produtores da Europa ou América do Norte, o mito geralmente cai e os alimentos dos países como o Brasil são competitivos, mesmo sob o ponto de vista climático.
É a aposta da B9 Energy, o maior produtor independente de energia eólica do Reino Unido. A B9 está investindo em um braço que desenvolve veleiros cargueiros. Os primeiros da frota devem entrar em operação em 2012. O protótipo deve custar US$ 24 milhões. Os barcos a vela da B9, com 3 mil toneladas, são menores do que um cargueiro típico, entre 15 mil e 30 mil toneladas. Mas não contribui para o aquecimento global.
A B9 estima que 60% da energia do barco será fornecida pelas velas. E o restante virá de motores alimentados por metano líquido, feito a partir de biomassa. Se a oferta de biogás metano não for suficiente para a demanda, os barcos podem passar para gás natural.

Fonte : Por (Alexandre Mansur)  http://colunas.epoca.globo.com

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