Na década de 1970 havia uma crença arraigada na área da informática: computador seria sempre uma máquina de grande porte e destinada exclusivamente ao uso empresarial. Então com 20 anos de idade, Steve Jobs funda a Apple, juntamente com Steve Wozniak, na garagem da casa de seus pais na Califórnia. A Apple criou um conceito inverso à ideia predominante da época: computador poderia ser uma máquina de pequeno porte, a ser utilizado por qualquer pessoa. Tal concepção pegou no contrapé a empresa líder do setor na época: a toda poderosa IBM, que demorou a perceber a mudança e pagou caro por isso. A Apple, por seu lado, se tornou uma das maiores empresas do mundo.

Marck Zuckerberg, nascido em 1984, criou o Facebook, hoje um estrondoso sucesso com mais de 500 milhões de usuários. O que atrai tantas pessoas? Provavelmente não há uma única razão. O que se percebe, todavia, é que a vida cotidiana e privada das pessoas é plena de boas histórias. Ou seja, as pessoas comuns também produzem notícias interessantes. Com isso, a velha mídia, que se imagina proprietária do que é interesse dos outros, desmorona em todo o mundo.
O Facebook permite isso: que as pessoas divulguem suas ideias a redes de amigos, fatos e acontecimentos que são às vezes, muito mais interessantes que os conteúdos de jornais. É possível então traçar um paralelo entre o Facebook e a obra “História da vida privada” dos historiadores franceses Philippe Ariès e Georges Duby, também um enorme sucesso editorial no mundo todo. Exatamente porque Ariès e Duby resgataram a história da vida cotidiana das pessoas em diferentes épocas da história. Vida cotidiana plena de riqueza e jamais retratada nos livros clássicos de história.
O fato é que, além de bilionários, Jobs, Gates e Zuckerberg têm algo em comum: foram contra o pensamento predominante. Mais importante do que novas tecnologias, eles trouxeram novas formas de ver as coisas, contrariando o que acreditavam as pessoas.
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