Morre Steve Jobs, fundador da Apple

Em 2005, Jobs fez um discurso na Universidade de Stanford onde contou um pouco de sua história. Assista



"A Apple perdeu um gênio visionário e criativo e o mundo perdeu um ser humano incrível". Assim a Apple anunciou a morte de Steve Jobs, aos 56 anos, nesta quarta-feira (05/10).
+ Veja também: Quanto da Apple vai embora com Steve Jobs?+ Leia reportagem da edição número 1 de Época NEGÓCIOS, cujo reportagem de capa falava sobre Jobs e a AppleExecutivos de tecnologia e personalidades lamentam a morte de JobsExecutivos de tecnologia e personalidades lamentam a morte de Jobs+ Steve Jobs: “Meu trabalho é inspirar pessoas”Steve Jobs: “Meu trabalho é inspirar pessoas”Comente a morte de Steve Jobs e seu legadoComente a morte de Steve Jobs e seu legado

Jobs vinha lutando contra um câncer no pâncreas há alguns anos. No final de agosto, renunciou ao cargo de CEO da empresa que cofundou em 1976 para cuidar da saúde.
Fotos publicadas por blogs de celebridades nos dias seguintes mostravam um Jobs exageradamente magro e debilitado a ponto de ter de ser amparado por um enfermeiro. As fotos levantaram suspeitas sobre a volta do câncer contra o qual o executivo lutou nos últimos sete anos. Em 2004, o executivo passou por uma operação para extirpar um câncer no pâncreas.
Em janeiro de 2009, ele se afastou da rotina da empresa para tratar de um problema no fígado que resultou em um transplante três meses depois. No começo deste ano, Jobs tirou uma terceira licença médica, o que o afastou novamente da rotina da Apple.
A família de Jobs, em um comunicado separado do da empresa, afirmou "que ele morreu de forma tranquila nesta quarta-feira, rodeado por sua família. Sabemos que muitos de vocês desejam lamentar conosco, mas pedimos respeito a nosso desejo de privacidade nesse momento de pesar."
Biografia
Steven Paul Jobs detestava as aulas e achava um desperdício fazer lição. Uma professora da 4ª série notou seu talento e, para incentivá-lo, oferecia doces e notas de US$ 5. “Ela me subornou”, disse Jobs. Deu tão certo que o garoto passou direto para o 6º ano numa escola barra-pesada. Mais jovem da turma, era perseguido. Exigiu dos pais que o transferissem. Estagiou na HP, fez seis meses de faculdade e foi trabalhar na Atari. Viajou à Índia, usou LSD e voltou budista. Em 1976, com o amigo Steve Wozniak, fundou a Apple. Macs, iPhones e iPads viriam no caminho.
Jobs será lembrado como um executivo visionário cujo trabalho na Apple teve impactos profundos em áreas diversas, como computação pessoal, entretenimento, conteúdo multimídia e animação digital. Sob seu comando, a Apple se especializou em abrir e dominar mercados. Seus produtos popularizaram tecnologias, em sua maioria, não inventadas pela Apple, mas empacotadas com design e usabilidade próprios da empresa.
O executivo teve dois momentos no comando da Apple. No primeiro, que compreende a década de 80, a empresa se tornou pioneira em levar computadores simples e baratos para as casas dos consumidores.
Principal símbolo da empresa deste período, o Macintosh foi primeiro computador a ter mouse e sistema operacional com gráficos. Mesmo com o pioneirismo, o Macintosh virou um produto de nicho nas décadas seguintes ao apostar em uma arquitetura fechada.
O rival IBM PC se tornou o padrão de mercado ao abrir seu projeto, o que o tornou replicável por qualquer empresa interessada em fabricar computadores. Na esteira do sucesso do PC, a Microsoft construiu seu império com a dominação do sistema operacional Windows.
Demitido da empresa que ajudou a criar em 1985 por John Sculley, executivo que tinha recrutado da Pepsi, Jobs fundou a NeXT, startup especializada em computadores para o setor educacional e responsável por criar o sistema NeXTSTEP.
Enquanto erguia a NeXT, Jobs comprou por cerca de US$ 10 milhões a divisão de animação digital do estúdio Lucasfilme. A ideia era exibir curtas animações que demonstrassem todo o poder das máquinas produzidas pela divisão. Os curtas se transformaram no principal produto do estúdio, que ganhou o nome de Pixar e acabou vendida para a Disney por US$ 8,6 bilhões em 2006.
Nos anos seguintes, a Apple sofreu sem uma visão clara de produtos, pulverizando sua linha de computadores pessoais e investindo em projetos que fracassaram antes de chegar às prateleiras, como o Newton.
Jobs voltou à Apple dez anos após ser demitido quando a Apple comprou a NeXT para assimilar o NeXTSTEP como seu novo sistema operacional. Em setembro de 1997, com a demissão do então CEO Gil Amelio, Jobs assumiu o cargo de CEO interino.
A situação da Apple era calamitosa - a empresa estava a três meses de pedir falência. Jobs costurou um acordo com Bill Gates, o fundador da Microsoft, que resolvia problemas jurídicos envolvendo patentes e tornava o navegador Internet Explorer padrão nos computadores da Apple.
Recebido às vaias quando anunciado, o acordo garantiu dinheiro suficiente para que a Apple não quebrasse.
Foi só a partir do iPod, lançado sem muita fanfarra em 2001, que a Apple se tornou um fenômeno de massas. O tocador de músicas assumiu uma posição dominante no setor de MP3 players e balanceou definitivamente as contas da Apple. Com o lançamento da iTunes Music Store, a Apple tinha poder o suficiente para obrigar as gravadoras a venderem canções por um dólar, o que deu o empurrão definitivo para a venda de conteúdo digital. 

Nos anos seguintes, a convergência dos telefones celulares - capazes de tirar fotos, navegar na web e, principalmente, tocar músicas - era encarada como uma ameaça à dominação da Apple. A entrada da Apple no mercado de telefones iminente, mas foi só em 2007 que o iPhone foi oficialmente anunciado após anos de boatos. 

Desde então, o gadget se transformou no inimigo a ser batido entre os smartphones e seu sucesso foi o principal responsável pela valor da ação da Apple quase quintuplicar desde então. O iPhone é responsável por popularizar as telas sensíveis a toques e a capacidade de instalar aplicativos, duas características padrões nos smartphones atuais. A incapacidade de lançar aparelhos que pudessem bater de frente com o iPhone resultou em problemas financeiros para rivais como Nokia, LG e Research in Motion. Com o iPad, lançado em abril de 2010, a Apple repetiu sua sina de inaugurar e dominar mercados, se tornando o equipamento dominante no setor de tablets. 

Sob a batuta de Jobs em seu segundo período, a Apple deixou a falência certa e se transformou na maior empresa do mundo em 14 anos, o que torna um dos casos de maior sucesso da história dos negócios. O mérito de Jobs não estava apenas na sua obsessão por aparelhos simples - ele tinha faro para saber quando teria maior sucesso ao lançar um produto. O maior exemplo disto é o iPad: Jobs pediu aos engenheiros da Apple para trabalhar em um dispositivo com tela sensível a toque. Ao ter um protótipo em mãos, percebeu que poderia explorá-lo como um celular, um setor mair urgente naquele momento. O tablet ficou na prateleira, o iPhone foi lançado e apenas anos depois o tablet chegou às lojas. 

A morte de Jobs é anunciada no dia seguinte ao primeiro evento público conduzido por Cook, seu sucessor, onde o iPhone 4S foi lançado. Após a divulgação da morte, as ações da Apple vêm caindo 0,27% no after-market.Foi só a partir do iPod, lançado sem muita fanfarra em 2001, que a Apple se tornou um fenômeno de massas. O tocador de músicas assumiu uma posição dominante no setor de MP3 players e balanceou definitivamente as contas da Apple. Com o lançamento da iTunes Music Store, a Apple tinha poder o suficiente para obrigar as gravadoras a venderem canções por um dólar, o que deu o empurrão definitivo para a venda de conteúdo digital. 

Nos anos seguintes, a convergência dos telefones celulares - capazes de tirar fotos, navegar na web e, principalmente, tocar músicas - era encarada como uma ameaça à dominação da Apple. A entrada da Apple no mercado de telefones iminente, mas foi só em 2007 que o iPhone foi oficialmente anunciado após anos de boatos. 

Desde então, o gadget se transformou no inimigo a ser batido entre os smartphones e seu sucesso foi o principal responsável pela valor da ação da Apple quase quintuplicar desde então. O iPhone é responsável por popularizar as telas sensíveis a toques e a capacidade de instalar aplicativos, duas características padrões nos smartphones atuais. A incapacidade de lançar aparelhos que pudessem bater de frente com o iPhone resultou em problemas financeiros para rivais como Nokia, LG e Research in Motion. Com o iPad, lançado em abril de 2010, a Apple repetiu sua sina de inaugurar e dominar mercados, se tornando o equipamento dominante no setor de tablets. 

Sob a batuta de Jobs em seu segundo período, a Apple deixou a falência certa e se transformou na maior empresa do mundo em 14 anos, o que torna um dos casos de maior sucesso da história dos negócios. O mérito de Jobs não estava apenas na sua obsessão por aparelhos simples - ele tinha faro para saber quando teria maior sucesso ao lançar um produto. O maior exemplo disto é o iPad: Jobs pediu aos engenheiros da Apple para trabalhar em um dispositivo com tela sensível a toque. Ao ter um protótipo em mãos, percebeu que poderia explorá-lo como um celular, um setor mair urgente naquele momento. O tablet ficou na prateleira, o iPhone foi lançado e apenas anos depois o tablet chegou às lojas. 

A morte de Jobs é anunciada no dia seguinte ao primeiro evento público conduzido por Cook, seu sucessor, onde o iPhone 4S foi lançado. Após a divulgação da morte, as ações da Apple vêm caindo 0,27% no after-market. 


Fonte: epocanegocios.com.br

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